A gente nem sempre termina porque não gosta mais. É que às vezes a convivência se torna impraticável… E quando você quis ir, precisei deixar.
Não briguei, não esbocei raiva.
Depois do último abraço prometendo uma amizade que certamente não seria possível, eu fechei a porta e me deixei chorar. Eu me joguei na cama e me perguntei: “por que a vida faz isso comigo?”, mesmo sabendo o quão infundados eram esses questionamentos.
Mas não havia racionalidade que pudesse se mostrar.
Pelo menos na sua frente, eu me mantive firme.
Eu fui adulta.
Mas quando eu te vi envolvendo outra pessoa nos braços, não te cumprimentei.
Então virei o rosto, consciente de que não saberia disfarçar.
Eu fui infantil…
Bem, eu tenho acompanhado de longe as novidades.
Eu ouvi falar do seu relacionamento sério. Mas, você sabe, até que a gente não veja, o coração acaba não sentindo tanto.
Sabe… Ser o primeiro a superar tem lá suas vantagens.
É voltar logo a ver graça naquilo que ficou pra trás. E sair de casa já não é mais tão difícil…
As refeições deixam de ser obrigatórias. Os sorrisos também.
A gente se enche de leveza e esperança, se convencendo pouco a pouco de que aquilo não daria certo, mesmo.
E quando o primeiro a seguir em frente não é você?
Quando você encontra quem um dia foi seu
na rua com o novo amor?
Quando alguém te manda uma mensagem
só pra dizer que quem você ama já partiu pra outra?
O primeiro a seguir em frente tem sorte.
Ou amava menos, ou sabia mais.
Seja pela falta de sentimentos ou pelos pés bem rentes ao chão,
agora você está com alguém que talvez te complete.
E eu choro não só por ficar sem você.
Saudade é até boa se compartilhada por dois.
Só não me contento por ser a única a sentir falta de nós.
Sabe, eu poderia continuar sem seu sorriso
se eu não tivesse te visto
segurando a mão de outro alguém.
Se eu pudesse ao menos me reerguer
antes de saber
que você foi o primeiro a seguir em frente.
Gente bacana esse texto também é da minha autora queridinha Isabela Linhares e o blog dela é este Linhas de Linhares.
Beijos!
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